Qualificação de trabalhadores garantirá futuro das empresas e dos empregos, diz CNT
O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa, declarou nesta terça-feira (7) na 110ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que acontece em Genebra, na Suíça, que o mercado de trabalho mundial tem uma necessidade premente de qualificar e requalificar o trabalhador de modo a assegurar o futuro das empresas e, paralelamente, aumentar a empregabilidade.
Costa, que está como delegado na bancada de empregadores do Brasil na assembleia da OIT, ressaltou que a pandemia acelerou o uso de tecnologias e a digitalização dos negócios, transformando tarefas, empregos e exigindo novas habilidades dos colaboradores. “Isso impôs desafios e dificuldades, desde a reestruturação empresarial até a necessidade de mão de obra mais especializada”, disse o executivo.
O presidente da CNT ressaltou que um dos pilares da transformação digital são as pessoas, já que, apesar do uso de avançada tecnologia, são elas que a empregarão no processo, e alertou que ainda há um descompasso entre o ritmo de mudanças na economia e nos processos e o ritmo de mudança das pessoas. Nesse aspecto, o papel da educação é fundamental.
“O Brasil tem mais de 11 milhões de desempregados. Logo, a atenção à educação profissionalizante e à aproximação entre governo, setor privado e sistemas que promovem a formação profissional deve ser uma pauta prioritária. Trata-se de um modelo exitoso, que pode servir de referência para outras nações”, declarou Vander Costa.
A própria CNT, através do Sest Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), atua constantemente para promover a qualificação de trabalhadores do transporte, ação realizada em parceria com as empresas associadas à confederação, realizando cursos de formação, treinamento, aperfeiçoamento e atualização para profissionais do segmento.
O presidente da CNT destacou que, mesmo ainda em um ambiente de crise, em 2021 o Brasil teve a abertura de 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, sendo 20,7 milhões de contratações contra 18 milhões de demissões no mesmo período. “Neste ano, já abrimos mais de 600 mil novas vagas. Há que se reconhecer que tal desempenho tem relação com a modernização da legislação trabalhista promovida há cinco anos em nosso país”, afirmou.
Costa conclamou governantes, empregadores e trabalhadores a atuarem, de maneira coordenada, para a superação dos desafios da nova realidade do mercado e garantir condições dignas de trabalho. “Acreditamos que a união de esforços é que conduzirá a um futuro com mais oportunidades e qualidade de vida para os cidadãos de todo o mundo. É pelo que trabalhamos”, finalizou o presidente da CNT.
Com informações da Agência CNT | Foto: Shutterstock