Rodofort e Guerra atuarão juntas no mercado de implementos pesados
Após ter sua massa falida adquirida pela LIH, empresa do Grupo I.Riedi, a Guerra Implementos Rodoviários, com sede em Caxias do Sul (RS), está sendo reativada e operará de forma conjunta com a AB Rodofort Implementos Rodoviários, de Sumaré (SP), pertencente à I.Riedi.
“Essa aquisição responde à nossa estratégia de expansão no mercado de implementos rodoviários que no momento atual tem forte demanda por produtos. As duas marcas vão atuar de forma complementar no segmento pesado”, declara Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort.
Além dos R$ 90 milhões oferecidos como lance no leilão, o grupo deverá investir mais aproximadamente R$ 10 milhões na fábrica da Guerra em Caxias do Sul para deixá-la em condições de voltar a produzir, o que inclui manutenção do maquinário, aquisição de insumos para produção e contratação e treinamento de pessoal. A Guerra deve reestrear no mercado no último trimestre deste ano.
O sistema produtivo da Guerra deverá seguir o mesmo padrão da Rodofort, além da produção da linha de produtos também haverá a fabricação de implementos customizados para aplicações específicas de clientes. “Nossa engenharia tem capacidade para entregar ao cliente um produto adequado a sua necessidade específica desenvolvido a partir da linha de produtos. Dessa forma conseguimos atender o transportador em sua real necessidade de trabalho”, explica Alves.
De acordo com a I.Riedi, a Guerra se encarregará da fabricação dos implementos pesados das linhas basculante, tanque e granel, enquanto a Rodofort produzirá os modelos sider, baú, porta-contêiner e florestal da linha pesada. Com a chegada da marca Guerra, o grupo deverá expandir a atual rede de distribuição da Rodofort com 18 empresas parceiras, o objetivo é atingir a marca de 30 representantes, entre distribuidores e pontos de assistência técnica.
Com a aquisição da Guerra, o grupo faz planos para começar a exportar. Com mais uma planta industrial em Caxias do Sul, a produção passa a ter capacidade para atender clientes no mercado externo, inicialmente em países da América do Sul, em especial Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile.
A retomada da Guerra deve seguir a mesma estratégia adotada para a Rodofort. A I.Riedi adquiriu a AB Rodofort em 2018, que produziu 110 unidades naquele ano. Em 2019, o total de emplacamentos cresceu para 654 unidades. No ano passado, a Rodofort comercializou 1.350 unidades da linha de implementos pesados. Para 2021, a projeção é de 2.100 unidades. A Guerra seguirá esse mesmo padrão crescente de produção, devendo fabricar aproximadamente 250 unidades, o que resultará num total de 2.350 implementos rodoviários comercializados pelo grupo.
Já estão sendo realizadas contratações de colaboradores para a fábrica da Guerra em Caxias do Sul, mas com certa quantidade inicial de pessoal, que deverá ser expandida futuramente. Alves Pereira acredita que em cinco anos a Guerra chegará à marca de 1 mil funcionários empregados na planta. “Teremos um processo de produção mais enxuto e eficiente para fazer a fábrica ser bastante competitiva. Quando o grupo adquiriu a Rodofort eram somente 12 funcionários”, recorda o diretor-geral. Atualmente, a Rodofort emprega 317 pessoas em Sumaré.
O Grupo I.Riedi, com sede em Cascavel (PR), iniciou suas atividades no segmento do agronegócio e atualmente reúne empresas que atuam em várias áreas, como produção de grãos, transportes, concessionárias de veículos, locadoras de carros, consórcio, seguros e agora também de implementos rodoviários. “Estrear no mercado com uma marca conhecida, como a Rodofort, mostrou-se uma decisão acertada. Foi natural para o grupo no movimento de expandir-se no mercado buscar outra oportunidade semelhante. Com Guerra e Rodofort vamos seguir no caminho da expansão de nossos negócios disputando o mercado com duas marcas de grande tradição”, conclui Alves Pereira.
Foto: Guerra